sábado, 23 de julho de 2011

DE PAI PARA FILHO

O meu amigo e compadre ED.Alencar, me mandou algumas fotos e este texto que ele escreveu em homenagem ao seu Avô; Termina seu texto com um belo poema com o Velho Engenho de Pau.





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DE PAI PARA FILHO

O HERDEIRO DA ÚLTIMA MOAGEM

Por. ED.Alencar

Ainda criança montado na garupa do cavalo, agarrado a cintura do seu pai Abdon, o
promissor ecologista mirim, Jefferson da Franca Alencar, deixavam o casarão branco e azul onde moravam e ainda hoje existente as margens da estrada do lameiro, para
trabalharem na tradicional moagem da cana-de-açúcar no velho engenho de pau do
Sítio Fundão.
Entre 1927 e 1928 após a morte dos seus pais, Jefferson, herdou o Fundão e o velho
engenho para da continuidade a principal atividade que existia no sítio, ‘’as moagens,’’
se dedicando posteriormente, a fazer da propriedade uma reserva ecológica.
Em 1949, teve a triste missão de encerrar o ciclo familiar das moagens,
motivado pela praga da cana que atingiu na época, os canaviais da região, além das
dificuldades de encontrar bois adestrados, para a formação de juntas que tracionavam
as moendas do velho engenho gemedor, tão famoso pela sua estrutura e engenharia
secular. Eu não alcancei estes bons tempos de moagens, mais lembro-me quando
Criança, correndo em volta do velho engenho aposentado, para espantar os morcegos
que se penduravam no telhado do galpão, para uma revoada um tanto assustadora
pelos rasantes que davam sobre minha cabeça.
O tempo passou! O herdeiro, Deus chamou! E hoje, ao olhar o que resta desse passado, que dia-a-dia vem morrendo nas mãos do Governo do Estado por falta de atitude, descrevo assim em versos,meus sentimentos e revolta pelo descaso a nossa historia cratense.

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VELHO ENGENHO DO PAU GEMEDOR

Meu velho engenho de pau
Sento-me agora ao teu lado
Escuto até teu gemido
Ao recordar teu passado
Coração bate mais forte
Com pena da tua sorte
Fico triste e desolado

Seu movimento era feito
Por quatro bois adestrados
Ao grito do tangedor
Eles eram comandados
Quando a moenda rangia
O som que dela saia
Á musica era comparado

A cana quando moída
O resultado é doçura
Produz a doce garapa
O melado e a rapadura
Na lida da produção
Era grande a animação
Festa, trabalho e fartura

Como tudo era bonito
Velho amigo gemedor
A venda da rapadura
Pagava o trabalhador
Que na luta se doava
E o dinheiro que sobrava
Ficava pra o produtor

Imagens formam desfile
Na tela da nossa mente
Os cambiteiros cantando
A gente vê de repente
De longe, o feitor gritando:
A cana está acabando!
E a tropa seguindo em frente
Cada um que lhe visita
Sofre com sua aparência
Vê no seu gemido, súplica
Que implora e pede clemência
Aquele tempo de glória
Ficou pra trás na história
Só restou triste aparência
Mesmo sem possuir voz
Parece até implorar
Amigo, me tira daqui
Pra longe do Ceará
Em outro lugar talvez
Eu encontro voz e vez
E alguém pra me salvar

Voltando aos dias de hoje
Procurando o teu valor
Só se escuta o teu gemido
Triste e desesperador
Se ali chega um visitante
Vê o engenho suplicante
Em busca de um salvador

Olhando com atenção
Avistam-se perdas e danos
Pinceladas de tristeza
Num quadro de desenganos
Como exemplos, o canal
E a destruição total
Deixando o povo sem planos

O governo que constrói
Selva de pedra a vontade
Não reconhece a riqueza
Que tem fora da cidade
Velho engenho gemedor
Enterraram teu valor
Tua história hoje é saudade

Uma história construída
Vendo só modernidade
Não edifica nem soma
Nem supre a necessidade
Da tradição conservada
Na memória preservada
Em prol da humanidade

Nosso Cratinho de açúcar
Mostra um prisma original
Na sua lista de perdas
Tem enredo especial
Ao longo da sua história
Perdeu tradição e gloria
Num quadro triste e real

Um exemplo bem concreto
Nossa mente fixou
Lembre-se do Padre Cícero
Sua casa, o que restou?
Daquela edificação
Que seria uma atração
Nenhum resquício ficou

O engenho pelo governo
Já foi desapropriado
Três anos já se passaram
E nada foi realizado
Só o descaso vigora
A cada dia piora
Pelo estado abandonado

No mês de março houve festa
Muita gente lá falou
Tantos dias já passaram
E nada ainda mudou
O aceno da esperança
Ficou em nossa lembrança
Só na promessa ficou

Eu sofro por ti também
Velho engenho gemedor
Se eu pudesse te instalava
Em OURO PRETO OU SALVADOR
Pois longe do Ceará
Protegido ia ficar
Teria o justo valor


ED.Alencar (Ambientalista e Radialista)
Revisão Josenir Lacerda (Poetisa, Cordelista Cratence)


sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

domingo, 19 de dezembro de 2010

terça-feira, 20 de abril de 2010

minha visita A SALGUEIRO PE

ildebrando primo
março 21st, 2010 às 15:43 · Responder
ESTOU MUI GRATO
COM VOSSA RECEPÇÃO
FICO AQUI EM CRATO
A VOSSA DISPOSIÇÃO
DIGA AI A SEUS PARES
QUE FIQUEI MUITO CONTENTE
EM REVER AMIGOS E LUGARES
DO MEU SERTÃO,MINHA GENTE..
AI NA CASA DO POVO
ONDE ENCONTREI VOCÊS
FAZENDO UM TRABALHO NOVO
E DEFENDENDO AS LEIS
IRMANADO CADA EDIL
PROCURA COLOCAR O TIL
BEM EM CIMA DO ÂO
E CONTRA O RETROCESSO
LUTANDO PARA O PROGRESSO
DA PRINCESA DO SERTÃO…



Alvinho Patriota
março 24th, 2010 às 12:34 · Responder
Olá Primo, nós vereadores de Salgueiro é que ficamos felizes com a sua visita à Câmara, oportunidade em que assistiu uma sessão do Legislativo e nos deu a honra de autografar bela obra de sua autoria “Fantasia da Imaginação”.
Abraços,

domingo, 11 de abril de 2010

PERGUNTAS SEM RESPOSTAS

ESCREVEU:OLIVAL HONOR DE BRITO(INSTITUTO CULTURAL DO CARIRI)
NO SEU ULTIMO CADERNO DE CRÔNICAS DO ANO DE 2009.


PERGUNTAS SEM RESPOSTAS


EM MINHA ÚLTIMA CRÔNICA,DECANTEI O ESPETÁCULO
DE CHICO ANÍSIO,NOSSO MAIO HUMORISTA DE TODOS OS
TEMPOS,APESAR DOS PERCALÇOS QUE TEVE DE ENFRENTAR
NOS ÚLTIMOS 15 ANOS,DE QUE TODOS OS SEUS ADMIRADORES
TOMAMOS CONHECIMENTO,TORCENDO PARA QUE OS SUPERASSE,
O QUE ACONTECEU.
HOJE,QUERO ENALTECER UM OUTRO ARTISTA,POETA POR
VOCAÇÃO E ADOÇÃO,QUE NOS PROPORCIONOU NO ULTIMO SÁBADO
O LANÇAMENTO DE SEU LIVRO DE POEMAS.TRABALHA EM UM BANCO
DE NOSSA CIDADE,SERVINDO NO SETOR DE SEGURANÇA.É O POPULAR
PRIMO,DE NOME COMPLETO ILDEBRANDO RODRIGUES DE BARROS PRIMO.
NAS HORAS VAGAS,FAZ POESIA.MOSTRA AOS AMIGOS E COLEGAS.DE
TANTO FAZER E TANTO MOSTRAR,FOI CONVENCIDO A PUBLICAR.
REUNIU SEUS POEMAS E FEZ MAIS UM LIVRO PARA A GALERIA
DOS TANTOS QUE O CRATO LANÇA A CADA ANO.COM O PRESTIGIO
LITERÁRIO DO Dr.EMERSON MONTEIRO,QUE O PREFACIA,
E A AUTORIDADE DO Dr ARMANDO LOPES RAFAEL,QUE ASSINA
A APRESENTAÇÃO DA OBRA,REUNIU ARTISTA DE OUTRAS ÁREAS
E APRESENTOU UM SHOW,INTERCALADO COM TRECHOS DE SEU LIVRO,
ENCERANDO COM EXIBIÇÃO DE MÁGICAS,FEITA POR JOVENS
PROFISSIONAIS DO CARIRI,EXCELENTES NÚMEROS DE PRESTIDIGITAÇÃO.
O LIVRO FOI VENDIDO E AUTOGRAFADO AO PREÇO DE DEZ REAIS,
JÁ COBERTOS PELOS NÚMEROS DE MÚSICAS E MÁGICAS.
O TRADICIONAL COQUETEL AO FINAL ENCERROU O PROGRAMA.
QUEREMOS PARABENIZAR O PRIMO E SUA EQUIPE E FAZER VOTOS
PARA QUE OUTROS LIVROS OU MOTIVAÇÕES OUTRAS APAREÇAM,PARA
DAR ENSEJO À BOA ALIMENTAÇÃO DO ESPÍRITO,QUE SÓ A CULTURA FACULTA.
POR FALAR EM CULTURA....


DAI PRA FRENTE ELE FALA DA CIDADE DE CRATO
E QUANTO AO QUE FALOU SOBRE MIM SOU GRATO
ELE É UM AMIGO SIMPLES MAS INTELECTUAL
É UM DOS MEMBROS DO INSTITUTO CULTURAL



ELE ESCREVEU DIA 10/11/2009

quinta-feira, 26 de novembro de 2009


foto do lançamento do livro deste poeta,é um livro de poemas de 104 paginas
a capa esta no blog custa só dez reais e as despesas postais

sexta-feira, 10 de abril de 2009

ORAÇÃO DO VIGILANTE


ORAÇÃO DO VIGILANTE

Senhor Jesus! Vós que foste vigilante em sua missão
Esteve sempre atento, às injustiças dos poderosos
Dai-me sabedoria, Livrai-me dos males e maus,
Senhor, pelo amor da sua mãe amada fazei com que
Eu volte para casa em paz; depois de mais um dia de trabalho
Senhor, fazei com que eu jamais fira ou seja ferido
Não agrida, nem seja agredido; fazei com que a arma que porto
Jamais seja por mim usada, e em lugar da arma de fogo
Venha em minha defesa a sua mão bem-aventurada, pai me proteja
Para que eu possa proteger os que precisam da minha proteção.
Amém


ILDEBRANDO RODRIGUES DE BARROS PRIMO

CRATO -ce
88 92318404